segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Volta o Cão Arrependido...

Sabe quando uma semana é caótica? Essa ultima semana foi assim pra mim.

Sábado passado eu fui novamente tentar doar sangue no hospital do câncer. Minha última experiência foi meio traumática, nada deu certo, minha pressão caiu e ainda conseguiram arrebentar minha veia e me deixar parcialmente imobilizada por alguns dias.
Dessa vez não foi tão ruim. A pressão caiu, o mundo escureceu e eu enjoei. Mas meu objetivo foi alcançado e não demaiei nem enjoei (diferente da minha ilustre amiga teimosa -lê-se: Bianca- que foi doar mesmo estando fraca e acabou desmaiando e vomitando).

Quarta foi dia de cinema. Estava estranhamente eufórica. Fui conhecer o novo cinemark no Eldorado. Passei no Carrefuor, comprei comida e doce, escondi tudo na bolsa e fui. Infelizmente, mesmo sentando no fundão a lanterninha estava me perceguindo. Cada vez que pegava os biscoitos para abrir o flme ficava baixiiinho, se ouvia o barulho da embalagem e lá vinha a lanterninha ficar do meu lado. Pô, eu gastei uma nota preta em pipoca e suco e não podia comer a bolacha que levei por fora?!

Mas nada se compara a sexta-feira.
Há muito e muito tempo minha prima Deise me chamava para sair e eu sempre sem grana, sem tempo, sem ânimo...Até que sexta finalmente marcamos de ir ao kazebre ver cover's do Bon Jovi, Aerosmith e Guns'Roses.
Às 18h nos encontramos, Marcelo, Deise e eu em frente ao Extra Taboão para a viágem até a zona Leste.
1° Ônibus: Paraíso.

Descemos na estação Brigadeiro do metrô na linha verde e pegamos a linha azul na estação ana Rosa.
De lá descemos na Sé para pegar a linha vermelha e fomos até a estação Brás:

- Moço, - na verdade era um segurança de aproximadamente 60 anos- sabe onde a gente desce para ir na av. Aricanduva?

- Sei não. Acho que tá longe ainda.

Pegamos o metrô no mesmo sentido e descemos na estação Bresser-Mooca. Minha prima tinha "certeza" de quê estavamos perto.

Olhamos no "Mapa dos Arredores" e nada de aricanduva.

- Moço, onde descemos para ir até a av. Aricanduva?

- Tem que pergar o ônibus....peraí...(pensa, resmunga ruídos indecifraveis, suspira e diz:) Acho que descendo no Carrão é melhor...

Subimos novamente no metrô e fomos até a estação Carrão.

- Moço, onde descemos para ir na av. Aricanduva?

- Onde vocês vão?

- Número 12.000. Kazebre.

-Ah, sei... Tem que pegar o ônibus Tiradentes ali em frente, no terminal.

E lá fomos nós pegar o tal Tiradentes.

- Moço, -para o motorista do ônibus- passa no 12.000 da Aricanduva?

- Não. Só até o shopping. Pega o Nova Vitória.

- Moço, -para o motorista do tal Nova Vitória- passa no 12.000 da Aricanduva?

- Não. (e sai correndo antes que perguntássemos mais)

Daí pra diante paramos todos os ônibus até que o motorista de um tal Jd. Juscelino disse:

- Passa na Aricanduva de ponta a ponta.

Deus abençõe! Fiquei muito aliviada. mal sabia o que ainda estava por vir.

Se você não conhece a av. Aricanduva (como eu não conhecia) ela é assim: sem iluminação, sem comércio, sem número nos endereços, sem pontos...ah, sem calçada.
Descemos quase em frente. O que seria um alívio...seria se não fosse o fato de estarmos do outro lado da avenida que tem 4 faixas de cada lado, um córrego no meio e N-E-N-H-U-M-A passarela.

- Moça, -para a balconista solitaria da pastelaria na beira da estrada- como fazemos para chegar do outro lado?! (quase em prantos)

- Você segue reto nessa calçada por uns 25 min até chegar no retorno. Atravessa quando não tiver passando carro e anda mais 25 min na direção contrária.

Nessa hora eu fiquei brava. Andamos, andamos, andamos...Arriscando nossa vida na avenida nos trechos de brejo da "calçada".
Chegamos nojentos e suados...mas chegamos! Vivos! (Quer dizer, mais ou menos...)

Nunca vi tanta gente bêbada no mesmo lugar.
Foi legal. Os cover's eram suuuuper parecidos (o Axl príncipalmente...inacreditável).
Mas confesso que passei 80% do tempo jogada no chão acabada de cansaço.

UFA!

Moral da história: ZL agora só se eu conhecer beeem o caminho....