sábado, 29 de janeiro de 2011

O Rock Acabou

Ando muito velha chata, mas não dá pra não concluir isso vendo mais de meia hora diária de MTV.

Ou melhor, o rock não acabou. Aliás, se for considerar a quantidade de rock que anda sendo fabricado, podemos dizer que ele nunca esteve tão em alta. Acontece que o espírito da coisa... Ah, esse foi pras cucuias há muito tempo.

Aí, esses dias vi um cara dando uma entrevista sobre os sei-lá-quantos-anos da morte do Cazuza e falando uma coisa engraçada, mas que até faz sentido...Ele dizia que se alguém como Cazuza existisse hoje estaria escrevendo livros ou no cinema underground e se Raul Seixas fosse jovem hoje em dia faria hip-hop. Achei essa comparação sensacional (acho que foi por que fiquei pensando nisso que me deu na telha de escrever).

E é isso aí. A molecadinha que quer se meter à malvada aprende a tocar guitarra e bateria pra fazer música falando do fora que levou da loirinha bonitinha que conheceu no curso de inglês ou no fim de semana na praia. Mas eu duvido que as mães antigamente levavam os filhos menores para ver os shows do Cazuza ou da Legião (enquanto hoje até as avós levam os netos à galeria pra comprar bandana e pulseira de taxinhas).

E pra quem tem o que dizer naquele estilo antigo (sabe aquele? Reclamar das injustiças da vida, da política, do comportamento das pessoas...) fica sem ter muito pra onde correr.
Não que eu tire o mérito da dor de coração. Não existe inspiração mais universal que essa, que, hora mais hora menos, todo mundo passa. Mas temos tanta liberdade hoje em dia que é até desperdício ficar preso só nisso.

Fico pensando até que talvez seja eu a alienada... Em lugares inimagináveis teve ter muitas pessoas observando a vida e tratando do que interessa de forma divertida, interessante e diferente (deve sim, né?).

!Eu queria mesmo é saber onde esse povo se enfiou...

domingo, 9 de janeiro de 2011

2011 metas

Clichê demais fazer o primeiro post do ano sobre resoluções de reveillon. Mas não deu pra fugir.

A verdade é que não escrevo há muito tempo. Não por falta de vontade ou de inspiração. Faltou foi atitude mesmo.
Acumulei planos e mais planos em 2010. Tanta coisa rondando a cabeça ao mesmo tempo que não deu pra focar em nada.

O ano que acabou trouxe mudanças muito sutis e vontades quase sufocantes.

O fim da faculdade veio, mas não acompanhada da segurança de ter aprendido tudo o que devia. A efetivação veio, mas junto com uma vontade de "quero mais, mas não sei se posso". Insegurança total.

Comecei 2011 cheia de metas e cheia de planos para desistir.
O problema quando queremos abraçar o mundo é descobrir que nossos braços não dão conta...

Decidi que este será o ano dos cortes. Troquei pequenos sonhos por um objetivo maior e esta será minha jornada.
Nada de shows, nada de baladas, nada de cinema além da conta nem gastos desnecessários.
Até 2012 quero ter construir uma vida de adulta (seja lá o que isso quer dizer).
Terei que estudar um pouquinho mais, ganhar um tanto mais de dinheiro e não enfartar (ai, Deus!...rs).

Talvez eu aprenda a ser mais serena, talvez eu aprenda a ser mais tolerante e confiante...talvez eu aprenda algum instrumento (quem sabe?)...talvez eu cresça no trabalho ou arrume outro...

E talvez meu próximo primeiro post do ano seja uma comemoração e não uma elaboração de luto de planos remodelados.

E lá vamos nós de novo...

Feliz 2011.