quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Desmistificando o Pum

Na vida existe muita coisa polêmica. Mas acho que poucos assuntos são tão polêmicos quanto o tema deste texto. Já vi gente que não gosta de falar de sexo, já vi gente que não gosta de falar sobre drogas, ou sobre política ou sobre religião. No entanto, se por algum motivo alguém decide viver sem ter contato com nenhum desses temas na sua vida, talvez até consiga. É totalmente possível passar a vida sem sexo, ou drogas, ou sem se envolver em política ou sem seguir uma doutrina religiosa (não que seja fácil, mas não deixa de ser plausível). Por outro lado, não existe vida sem pum.

Botando em termos mais duros: sabe aquela pessoa linda da TV? Peida! Sabe seu chefe? Peida! Sabe os políticos do noticiário? Peidam! Os jornalistas, atores, misses universo de todos os tempos, atrizes e atores pornôs, astros do rock, seus colegas de trabalho e seus familiares também peidam!

E mesmo assim teimamos em negar para nós mesmos este fato inevitável. E nos impomos um estado constante de repressão nos privando deste ato tão importante para nossa saúde e bem-estar.

Outro dia observei uma mãe voltando com duas crianças da escola, um menino de uns 6 anos e uma meninas de no máximo 4. Em um dado momento a menina diz “peidei” e cai na gargalhada. E aí a mãe lhe passa um sermão que, aos meus ouvidos, soou profundamente desproporcional e cruel. Disse para a criança que era falta de educação fazer aquilo, que não via motivo para graça e que era muito feio peidar, ainda mais para uma menina (!) [Se for anti-natural meninas peidarem, por favor alguém me avise, pois acho que sou uma menina com defeito de fábrica]. Não preciso nem dizer que na mesma hora o riso gracioso da criança deu espaço a uma expressão chorosa e frustrada.

Fico me perguntando quantas vezes mais ela será reprimida durante a infância até finalmente implantar no inconsciente que peidar é realmente errado. Me lembrei de uma dessas piadas de facebook em que uma garota dizia que tinha ex que não valiam os puns que ela segurou na frente deles. Aí te pergunto: segurou o pum porque, bitch?

Ok. Também não sou tão ogra assim. Também já reprimi meus gases em nome do amor (e de outras coisas...). Mas acho que temos que parar de demonizar o flatus nossos de cada dia. Já ouvi gente contar que passou mal porque passou o dia segurando no trabalho porque não queria que ninguém ouvisse no banheiro. E até já ouvi amiga falando que se sentia mal com frequência em casa, pois não se sentia à vontade de se aliviar na presença do marido. (Do marido! Vê se pode!)

Tenho que admitir que não entendo a intensidade deste tabu. Ok que fede. Ok que o barulho constrange. Mas, pense comigo: é normal, é inevitável, é consequência da vida, faz bem à saúde e alivia. Isso tudo me faz concluir que deve ser reincorporado a nossa rotina. E não estou dizendo pra sair bufando indiscriminadamente mundo afora, mas deve-se dar ao pum o espaço do pum. Temos que deixar as crianças e os relacionamentos livres de repressões desnecessárias.

E digo mais: faz bem pro relacionamento amoroso partilhar nosso pum e aceitar o pum alheio! Além de libertador, é um passo avançado na intimidade e um sinal irrefutável de aceitação incondicional. Afinal, amar a pessoa do comercial de pasta de dente que já dá bom dia com hálito de hortelã é fácil. Mas amar alguém com tudo o que ela tem para oferecer (incluindo nesse “tudo” os resíduos corporais dele/a) é apenas para os que de fato amam de peito aberto, sem fingimento.


Podemos até esperar por uma vida perfeita ao lado do príncipe ou da princesa dos sonhos. Mas esteja consciente que quando ele/a for encontrado/a irá peidar assim como você também faz. Vamos parar de frescura e hipocrisia, minha gente!

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Pessoa de respeito

Não acho que eu faça o tipo “amiga confidente”. Aliás, não sei nem se faço muito o tipo “amiga”. Sou daquelas pessoas que expressa a opinião sincera, mesmo sabendo que as vezes as pessoas vão correr. E, aliás, acho até bom, pois faz um belo filtro (acabam ficando por perto apenas pessoas francas e prontas pra honestidade).
O engraçado é que quando este traço se combina com o fato de eu ter formação em psicologia parece que acabo virando um íman de histórias de vida inusitada. E a última delas me fez refletir sobre a confusão em que andam as pessoas.
Apesar de eu ser o que a Sandy chamaria de “jovem pra ser velha e velha pra ser jovem” (rs) me sinto um pouco saudosista em relação a “vida pré-smartphone e internet banda larga”. Toda essa coisa de Skype, whatsaap, snapchat e essas paradas da vida moderna, acaba nos colocando em certos apuros. Acho que a comunicação à distância nos afasta da profundidade da informação. Afinal, cada pausa, cada respiração ofegante, cada desvio de olhar... tudo isso tem peso na comunicação e acaba se perdendo em alguns meios de comunicação. E esta história que ouvi recentemente me fez pensar um pouco sobre isso.
Um amigo que foi casado há muito tempo e está recém separado da mulher me chamou para pedir uma opinião sincera sobre uma determinada conversa virtual que ele estava estabelecendo com uma “paquera” (G-zus! Ainda se usa esse termo? Me sinto uma velha falando assim...haha).
No início do papo tudo normal: “peguei seu contato com fulano”, “queria te conhecer melhor”, ”gosto de x, y,z coisas e você?” e papo se desenrolando até que a moça começa a puxar o assunto pra um viés um tanto mais picante. Lá pelas tantas depois de muitas provocações verbais por parte da moça veio o ápice da provocação: o famoso “nudes”. (Uow! Poderia ser o dia de sorte do cara, hein?!)
Pois é. Ele bem pensou que tinha tirado a sorte grande, considerando que toda a iniciativa e provocativas haviam partido dela. Mas quando ele achou que estava se dando bem a coisa entornou. Ele lançou um aparentemente oportuno “vem aqui em casa, estou sozinho e quero ver isso pessoalmente”. Mas qual não foi a surpresa! Ao invés de um “estou indo”, o que ele recebeu como resposta foi uma enxurrada de ofensas e xingamentos.
Segundo a moça as provocações não passavam de um teste (e não preciso nem dizer que meu amigo coitado falhou miseravelmente). A moça finalizou dizendo que não era qualquer uma, que era “de respeito”. Disse estar decepcionada por ele ter continuado a conversa picante dela e que ele tratasse de não falar com ela nunca mais.
Após me contar todo este ocorrido ele me perguntou: O que eu fiz de errado?
E sinceramente não soube o que dizer. Estava em choque por, em pleno 2016, ainda ter pessoas que se apegam a conceitos tão abstratos como o de “pessoa de respeito”. Que diabo é ser uma pessoa de respeito?
Acho que cada pessoa tem o direito de ser quem é. Existem os discretos, os porra-louca, os recatados e tantos outros tipos de posturas que não cabe numa lista de rótulos. E acredito que nas relações pessoais vale o que falo para os aprendizes que atendo em processo seletivo: “Não existe comportamento certo para a vaga. Sejam naturais e assim acabarão em vagas com seus perfis. Se você é tímido não esconda, se é expansivo também não. Assim é possível encaminhar cada um para as vagas mais alinhadas com seu jeito de ser”.
Assim eu acho que é a vida. Se sou recatado acabarei atraindo meus semelhantes, se sou do tipo doidão acabarei achando outros doidões e por aí afora. Não tem necessidade de armar uma arapuca pros outros como fez a pretendente do meu amigo. Se não fosse esse joguinho desnecessário, em algum momento a vida se encaminharia de mostrar que eles são diferentes. Por um caminho mais brando, sem constrangimentos para ninguém.
Então deixo aqui minha resposta atrasada ao meu amigo e um apelo:
- Não, amigo, você não fez nada errado. Apenas foi transparente em suas intenções com uma pessoa infantil demais para agir da mesma forma.
- Por favor, pessoas! Mais transparência e menos joguinhos. São 7bi de outras pessoas nesse planeta e não vai dar tempo de conhecer todo mundo. Ser honesto sobre si mesmo é o melhor atalho para atrair quem realmente combina com você. Não complique!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Meritocracia de cú é rola


Eu poderia muito bem ter colocado de maneira delicada (ou pelo menos educada), mas como dizem os publicitários “o meio é a mensagem” e acho que esta é uma reflexão que deve ser feita sem hipocrisia. Já escrevi algumas vezes sobre como essa vida não é justa sob alguns aspectos, e se tem um tema que remete fortemente a injustiça (ainda que seja extremamente velado) este tema é a tal da meritocracia.

Outro dia mesmo eu li uma frase de um célebre empresário que dizia: “Se você nasceu pobre a culpa não é sua. Se você morreu pobre a culpa é sua”. Com todo o respeito ao senhor Bill Gates, puta babaquice isso aí. Então quer dizer que se morro tão pobre quanto nasci significa que ou eu gosto da pobreza ou a mereço? É assim tão simples? Tem certeza?

E olha que eu nem posso chorar tanto, dependendo do ponto de vista.

Nasci numa família pobre com um pai que não passou da quinta-serie e uma mãe que concluiu o ensino médio num supletivo a distância depois dos 50 anos por uma exigência do trabalho. Meus pais foram sempre muito rígidos com minha educação, sempre me deram livros (a maioria dados pela patroa da minha mãe nos seus tempos de doméstica) e sempre tiveram uma régua muito alta pras notas da escola. Quando criança achava até meio exagerado, pois não via os pais dos meus amigos fazendo o mesmo. Hoje agradeço. Me ajudou a chegar onde estou.

Isso significa que minha vida desenrolou de forma que acho justa? Não mesmo.

Precisei abrir mão de muitas vagas de emprego por não ter inglês, por exemplo. Desleixo meu? Não creio. Esse era um luxo que meus pais não puderam me dar e eu só iniciei quando já estava na faculdade e estagiando pra ganhar uma grana. Porém chegou uma hora que não dei conta de estagiar, fazer faculdade e fazer inglês (alguns estágios obrigatórios eram de final de semana, aí já viu...).

Os adeptos da bandeira da meritocracia podem até dizer que todos tem o direito de sonhar, que basta se esforçar um pouco que tudo é possível pra quem tem boa vontade. Mas sou obrigada e discordar. Pois “da ponte pra cá” o número de sacrifícios feitos por dia é bem maior.

Me lembro bem do ano de 2008 quando estava na faculdade encantada com o que aprendia e doida para trabalhar com cuidados paliativos. Naquele tempo consegui uma entrevista num hospital referência e passei. Porém a frustração foi tão grande que meus pais nunca souberam. O motivo da frustração? O estágio não era remunerado e eu não conseguiria frequentar a faculdade sem uma fonte de renda, por mais que fosse bolsista integral. Não daria conta de pagar os livros e a condução. Resultado: um sonho deixado para trás. Mesmo após ter conquistado a oportunidade, motivos maiores me afastaram dele.

Não desdenho de quem chegou em lugares que chamamos de topo (seja esse topo um alto cargo, sucesso na mídia ou uma formação diferenciada). Sei que mesmo com todas as facilidades, indicações e sorte na vida, se a pessoa não souber aproveitar o contexto ela pode fracassar. Mas também não venha me convencer que todos estamos no mesmo patamar de oportunidades. Um belo exemplo disso é uma imagem que trombei no facebook dias atrás:




Resumindo: se você é pobre precisa ganhar dinheiro antes de sonhar em constituir uma família grande, caso contrário isso faz de você um aproveitador.

E se ainda não está convencido de que meritocracia não é assim tão justa quanto tentam nos convencer, não deixe de ver o quadrinho abaixo. É um soco na cara da inocência.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Quinta-feira, 13 de julho de 2006

Antes que você pense, não. Não me confundi  na data. Acontece que ontem não foi apenas dia do rock, mas foi também um dia que marcou o começo de um caminho. Um caminho bobo, mas um caminho só meu. A minha verdadeira auto ajuda que sonhadora (ou talvez até arrogantemente) espera ser a "auto"ajuda de outras pessoas também. Não sei se alguém já foi tocado por aqui. E se não foi a chande de que isso aconteça é cada vez menor, visto que, como me disse uma amiga uma vez, sou "praticante de uma arte morta". Veja só...arte morta: escrita.

Pois é amigos. Ontem fizeram 10 anos que escrevo neste humilde blog. Que começou se chamando "taopequena.blogspot.com" porque era exatamente como me sentia: pequena, insignificante, quase oprimida...Era pra ser a versão eletrônica do diário de uma jovem adulta de 18 aninhos que hoje pra mim é uma ponte entre eu e eu mesma. A "eu" de hoje e a "eu" que estou me tornando.

Então este texto comemorativo vai ser como uma capsula do tempo. uma comparação entre esses "eus". Porque o mundo muda e nós também. O tempo todo.

Há 10 anos atrás estava eu no meu no meu primeiro estágio, no primeiro semestre da faculdade. Hoje já tem 2 anos que concluí minha pós numa área que eu nem ao menos desejava atuar (mas que hoje de fato posso dizer que me satisfaz).

Há 10 anos eu não tinha celular com internet e conversar com os amigos por via eletrônica teria que ser feito na frente de meu desktop pelo msn (que nem existe mais, pra minha tristeza). E hoje às vezes me sinto ansiosa se as respostas demoram no whatsaap.

Há 10 anos eu achava que com quase 30 estaria estabilizada na vida, com as finanças em ordem e chegando num estágio de quase tédio na vida. Hoje me sinto num dos melhores momentos que já estive. Com uma pequena dose de tédio, mas também muitas doses de sonhos e expectativas.

Há 10 anos achava que faria uma tattoo de rosa aberta no ombro (achava lindo). E hoje já tenho 6 tattoos, tenho mais umas 7 ideias na fila para tatuar e nenhuma delas é uma rosa.

Há 10 anos eu pesava 10kg menos que hoje e me sentia gorda. Hoje acho que estou até bem.

Há 10 anos não queria ter filhos nunca, mas sonhava com uma cerimônia de casamento pomposa. Hoje não quero ter filhos, nem cerimônia de casamento (mas ao mesmo tempo vivo quase um casamento fora do papel, e adoro!).

Há 10 anos reencontrava as pessoas no Orkut. Hoje as pessoas me acham no face, mas nem por isso nos achamos pessoalmente (muda o meio, mas a ineficiência continua igual...rs).

Há 10 anos achava que seria madura aos 28. Hoje me acho tão desajuizada quanto aos 16 e nem pretendo mudar isso.

Enfim...parabém bloginho! Obrigada por não me deixar esquecer quem eu fui e que tudo muda. TUDO MUDA.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Estupros, homofobia e o que o ódio nos ensina


Lembro de uma vez, há anos atrás, em que uma pessoa me perguntou porque eu não escrevia sobre política ou sobre as notícias. Eu lhe disse que “Não, obrigada! Não quero polêmicas. Não pretendo falar de política, religião, futebol, a temperatura do ideal do ar-condicionado nem nada que possa gerar uma avalanche de discordância”.

Mas hoje acordei diferente.

São tempos sombrios e de grande intolerância. Não vou chover no molhado repetindo aquelas notícias sobre estupro coletivo ou ataque terrorista à boate gay (quem não viu confere aqui e aqui).

Como se não bastasse o incômodo com os fatos em si, ainda tem todo o incômodo de lidar com a reação das pessoas. Ah, as pessoas... Legiões de juízes do topo dos seus tronos vomitando frases como “se estivesse em casa isso não aconteceria”, “quem tem este tipo de comportamento merece mesmo passar por isso” etc.
Bem que eu queria ser míope o bastante para acreditar que a justiça do mundo acontece desta forma. Mas preciso contar uma cruel verdade: a vida não é justa e não existe uma lei imediata de causa/efeito em que sofre apenas quem merece. E mais: o fato de alguém ter este ou aquele comportamento fora do padrão não a faz merecedora de ser vítima de violência de qualquer espécie.

Uma das reações mais desagradáveis que tive o desprazer de ler era uma chamada sobre uma menina estuprada e assassinada. Nesta chamada eram enaltecidas as qualidades da moça: de família, estudante e religiosa. Lembra daquele papo do “bela, recatada e do lar”? Pois é, ao que parece, apenas estas donzelas merecem estar vivas, as demais (as feias, devassas e das ruas) estão inconscientemente implorando para ser abusadas e mortas (Ah, claro! Realmente, isso parece uma delícia mesmo. Blackt!).

E mal esfriaram os holofotes do caso do estupro coletivo, veio mais um prato cheio aos julgadores internéticos: o ataque do atirador americano à boate em Orlando que, além das pérolas já descritas acima, também inspiraram comentários infelizes do tipo “pena que o atirador morreu antes de ser condecorado” ou “deve ter sido um alívio para a família dos mortos, afinal deve ser muito triste ter um homossexual na família”. (*silêncio de desgosto*) Não preciso comentar, ne? A decepção é óbvia.

Até compreendo que seja difícil para algumas pessoas entenderem porque uma jovem sobe o morro para um baile funk. Eu mesma não entendo...prefiro ficar em casa lendo ou vendo filmes ou sair pra comer ou ouvir outros tipos de música. Normal. São mais de 7bi de pessoas no mundo, ninguém é obrigado a gostar de nada.

Só acho que:

Você é contra bailes funk? Então não os frequente.

É contra homossexualismo? Então seja hétero.

Não gosta de determinado partido político? Então não vote nele.

Não gosta de roupas vulgares? Então, não as use.


Muito simples, minha gente! Não precisa matar ninguém nem ficar feliz com a violência que as pessoas sofrem. Se você fica alegre ou acha justo esse tipo de ocorrência, isso só prova que você está esperando apenas uma oportunidade para ser também um agressor (quem aprova o tiro poderia muito bem ter apertado o gatilho).

Acho que já seria um grande passo se as pessoas entendessem que respeito e tolerância não são como a água ou as árvores: não é recurso limitado que precisamos racionar porque senão acaba. Pode usar! Aliás, quanto mais usamos, mais temos. Afinal, não é fácil respeitar e tolerar o diferente, é um grande exercício de maturidade e auto-conhecimento. Não é errado sofrer pelo estupro coletivo da jovem na volta do baile funk e o fato de eu sofrer por ela não significa que não sofra por outras na mesma situação nem que eu também frequente bailes (e que fique bem claro que, mesmo se frequentasse, seria problema exclusivamente meu). Não preciso escolher a quem respeito, pois o ser humano é (ou deveria ser) capaz de se compadecer por todos os outros seres humanos sem distinção.

Todo ódio/repulsa/preconceito que temos nos revelam muito mais sobre nós mesmos do que sobre os outros. Vale a pena pensar a respeito.

Se doeu pelo baile funk? (Será que não está com um desejinho reprimido de curtir a vida também e por isso se dói pela diversão alheia?)

Se doeu pelo beijo gay? (Será que não tem algum instinto gay você também?)

Se ofendeu com alguma roupa chamativa que viu por aí? (Será que não gostaria de chamar atenção para si também?)

Sem querer soar ofensiva... Já odiou alguém? Ficou feliz pela dor de alguém que não te fez nenhum mal diretamente? Pare e reflita. Talvez descubra algo muito interessante sobre si mesmo...