quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Amor - Manifestação Inesperada

Ultimamente ando muito arisca em alguns ambientes.
Não curto encostar nas pessoas pra comprimentar, não puxo assunto sem motivo e nunca falo demais sobre mim mesma (só aqui, claro).
E isso tem me permitido observar uma porção de coisas e interagir com o ambiente de uma forma muito gratificante.
Aproveito cada pequena pausa do dia para apenas ficar olhando as coisas sem agir sobre elas. Como se fosse alguma forma de meditação ou coisa assim.

Hoje no fim da tarde quando estava quase finalizando umas pendências e começava a ficar com sono, me dei uma pausa pro café.
E lá estava ela. Uma graça de pessoa em quem ando prestando muita atenção nos ultimos dias: Dona Nilda.
Uma fofura. Não tenho outra palavra pra definir. Uma jovem de uns 40 e poucos anos com espírito de mocinha de 15.

Enquanto pegava meu copo e me decidia se levaria o café pra mesa ou tomaria lá mesmo na copa iniciamos um papo banal: "Onde você mora", "onde trabalhava antes", "o que você estuda" e bá blá blá...

Então ela contou uma história que não resisto em dividir:

O antigo emprego dela era muito longe de onde ela morava, ela trabalhou 3 anos sem férias, 4 meses sem registro e 6 meses sem salário. Mas ela não se sentia prejudicada por quê após a demissão ela recebeu todos os direitos atrasados.
No 1° dia de trabalho ela estava meio perdida sem saber qual ônibus pegar e tal.
E quando procurava alguém pra pedir informação um rapaz esbarrou nela e ela se aproveitando das desculpas perguntou como chegar no tal lugar em que ia.
Por coincidência o fulano ia para o mesmo lugar e a acompanhou por boa parte do caminho.
Durante toda a primeira semana ela e o rapaz pegavam o mesmo ônibus, no mesmo horário e desciam no mesmo ponto.
Um dia ele aparece de carro e oferece uma carona.
E então resolve confessar que não trabalhava por ali e sempre ia pro trabalho de carro (exeto no dia do esbarrão em que era dia do seu rodísio) e que passou a pegar aquele ônibus todos os dias apenas para garantir alguns momentos por dia perto dela.
Desde então esles estão juntos (um total de 5 anos).

Então eu fiquei pensando que devem ser esses momentos e pequenos detalhes que botam uma florzinha nessa vida de concreto e asfalto que costumamos ter.

Não que achar alguém que pega o ônibus errado por você seja garantia de alguma coisa. Eu já tive alguém assim e não deu certo.
Mas que dá um sentido diferente e todo especial para nossa sobrevivência, isso dá!

Espero também eu encontrar quem me faça ser assim e que seja por mim... E que esses pequenos detalhes e delicadas manifestações de afeto nunca faltem...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Constrangida, eu? Magiiiina!

Emprego novo é sempre a mesma coisa. Sempre estamos sujeitos à algumas situações de embaraço.
E a que se segue foi até engraçada.
Pela 1° vez a gafe não foi minha.

Hora do almoço no shopping. Eu me esforçando para me camuflar na multidão, tipo me fingindo de morta, sabe?
Porém, acabo descoberta pelos tiozinhos da controladoria.
"Beleza" pensei. "Se eu ficar quietinha apenas balançando a cabeça de 5 em 5 minutos tudo dará certo".
Conversa vai, conversa vem, acabaram por comentar sobre as características da região em que está a empresa.
Heis que um deles diz: "Por isso que as pessoas da empresa moram tão longe. A mão de obra do Campo Limpo é muito ruim!"
A fim de comprovar sua teoria, pergunta a cada um da mesa "Onde você mora?" E após cada resposta: "Não disse! Longe daqui".
E como não poderia ser diferente, na minha vez eu disse "Moro aqui no Campo Limpo mesmo, pertinho daqui, dá até pra ir a pé. Mas eu sou estagiária mesmo, não preciso ser tão qualificada, né?"
Nunca vi alguém ficar vermelho tão rápido!...rs
Desde então nunca mais encontrei o gentil senhor na hora do almoço.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Chinchilacídio Culposo

Estou muito triste e me sentindo culpada...
Acho que desabafar ajuda... Então vou contar o acidente fatal ocorrido ontem à noite.

Já fazia algum tempo que a Fugi (minha chinchila) vinha apresentando um comportamento estranho. Andava inquieta e às vezes até meio agressiva. (mas nunca machucou ninguém)
Então sempre que pudia soltava ela em casa p ela ter espaço p brincar por um tempo e já estava me preparando p compar uma outra chinchila de companhia e uma gaila maior.

Mas minha burrice interrompeu os planos.
Ontem a soltei no meu quarto por mais de 1h. Ela pulou, brincou e até fez xixi na minha cama. E foi aí que eu decidi que estava na hora dela voltar p gaiola.

Porém ela em toda sua agilidade estava disposta a não facilitar.
E eu acabei tendo a imbecil ideia de encostar a cabeceira da cama na parede p ela ter um canto a menos p se esconder e pegá-la no vão entre a parede e o lado direito da cama.
Infelizmente nessa hora ela pulou p trás da cama e morreu provavelmente pela batida da cabeça na parede (que foi empurrada pela cabeceira da cama).
Tudo culpa minha em toda minha burrice e impaciência...

Tudo o que eu espero agora é que ela não tenha sofrido...

...estarei de luto por um longo tempo...