segunda-feira, 25 de maio de 2015

Quando o fim se aproxima

Aquela hora que parece que o fim chegou ou está quase...
Respiro. Penso: "se não se começa de uma hora pra outra, porque então o fim precisa ser de repente, no seco, sem nenhum preparo?"
Mas o fato é esse aí mesmo. A conquista é um processo que leva tempo, mas na hora de acabar esperamos que aconteça rápido.

A coisa apaga e daí alguém levanta a questão: "Acabou?" "Separa?" "Tenta ficar junto um pouco mais?"
Mas nunca deixamos o fim se estruturar dentro de nós quando fizemos quando tudo começou. Não permitimos um processo de "desconquista".
A desconquista dói quando perdemos algo que foi bom e ficou ruim. E talvez doa mais ainda quando perdemos algo que era bom, mas parou de funcionar (ainda que não tenha necessariamente deixado de ser bom).

Há que se pensar no que foi bom, no que foi ruim, no que dá pra melhorar e o que não dá.
O tempo leva embora uma bela parcela da tolerância e aquelas pequenas diferencias e incômodos  que eram bem administradas vão ficando gradativamente maiores.

Chega a hora de chafurdar em cada sentimento e analisar com toda racionalidade disponível ao homo sapiens os detalhes técnicos.
Ahhh...os detalhes técnicos são os piores!
Contar pra família e pros amigos. Explicar pra todo mundo que já vê os dois como uma única entidade que as coisas mudaram.
E aí reestruturar os hábitos: não ter mais companhia pra dormir, pra viajar, pra contar as novidades ou pedir ajuda nas madrugadas.

Putz! O fim dá trabalho!
Há que se pensar...



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