sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nunca confie num cara que não durma de conchinha

Esta é a dica de hoje para as moças do meu Brasil: nunca confie em um cara que não deite de conchinha com você. Simples assim. É um detalhe, mas um detalhe pra lá de revelador.

Tudo começou quando, depois de 10 anos emendando um namoro no outro, eu decidi simplesmente viver uma adolescência fora de época e não me amarrar a ninguém por pelo menos um ano.
Não que namorar seja ruim, muito pelo contrário. Poucas coisas na vida são mais gostosas que ter alguém só pra você, companhia fixa pra sair e alguém que goste mais de você do que de qualquer outra pessoa no mundo. Por outro lado uma baguncinha de vez em quando e a liberdade de não ter a quem prestar satisfações também tem seu valor e pesa na felicidade humana...rs


Enfim, cá estou no meio de minha jornada solteirística desenferrujando este meu parco (pra não dizer nulo) poder de sedução e ousadia. E após 6 meses sem ser de ninguém, além de toda diversão, tenho levado de brinde algumas lições. Entre elas a que deu título a este post.


Tenho esbarrado numa diversidade considerável de representantes do sexo masculino e notei este denominador comum: homens que não ficam de conchinha costumam ser mais frios e indiferentes. Lembro que numa das minhas primeiras investidas disse para um rapaz meio a sério, meio em tom de piada: "só não vamos deitar de conchinha porque está muito cedo pra tanta intimidade". Mas não teve jeito, o piloto automático de meu comportamento somado a carência intrínseca de minha personalidade me fez virar, como quem não quer nada, esperando um abraço. E nada. Ainda ouvi uma piada grosseira tipo "ué, não era você que não queria ficar assim?".

Pois é, frustrou minha expectativa e adicionou mais uma camada a essa casca já bem grossa da minha insegurança.

Mas a vida continua e eu segui o bonde. Estive com outras pessoas e tal porém, sem me arriscar a me expor novamente à uma cortada dessas adotando eu a postura de frieza e indiferença. [Como se isso pudesse me proteger de alguma mágoa...tsc tsc tsc...até parece...]

Lá pelas tantas, em outra curva dessa estrada me deparo com uma situação banal... Nos conhecemos, saímos, interesse daqui, interesse de lá...com aquela consciência de que não ia dar em nada e mesmo assim com a vontade de aproveitar o que viesse. E lá fomos. Tudo muito bom, tudo muito bem. Até a hora da surpresa: aquele abraço dos mais aconchegantes, com cheirinho no cabelo, beijo...por trás, mas sem malícia. Um carinho delicado que eu já nem lembrava mais ser possível. Quase romance. [SQN]. No fim aquela sensação boa de saber que por mais que não namoremos (e nem ao menos tenhamos esta intenção), todo o carinho é bem vindo, que a pele tem necessidades, mas a alma também. 


Fiquei pensando nesses dois casos que me aconteceram depois de ver uma piada machista no Facebook. Era uma imagem de um casal deitado abraçadinhos com a legenda: Para ela: apoio para cabeça, proteção e uma boa noite de sono - Para ele: braço dormente, comendo cabelo e pau duro.

Adoraria ter achado engraçado, mas achei triste ver a intenção implícita na brincadeira de dizer aos rapazes que é ruim a tal "conchinha".


Por isso meu recado às moças. Quando um cara aceita ou se recusa a fazer isso está te passando uma mensagem muito objetiva. O que aceita e te abraça diz: Ok, isso pode até não nos levar em nada. Mesmo assim, enquanto estivermos fazendo alguma coisa juntos, tentarei ser agradável e te proteger. Por sua vez o cara que pensa mais no braço dormente do que em te dar um momento de agrado está te dando a mensagem: Já tive de você o que queria e não estou afim de passar desconforto nenhum para fazer média.

Nota aos homens: fazer média faz parte deste jogo social em que vivemos e pode até ser o gatilho para ótimas experiências sentimentais (como dizem por aí: não regule miséria!).

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