terça-feira, 27 de março de 2007

...Senta Que Lá Vem a História...

Uma sexta-feira dessas perdidas pela sua vida você sai para segurar vela, abrir o coração e talvez conhecer um amigo em branco.

Me atraso, chego esbaforida achando que minha prima já desistiu de me esperar, a encontro linda como sempre nas escadas e penso que uma maquiagem não cairia mal. Como a carona ainda haveria de demorar uns minutos vamos ao McDonald’s e sem a menor cerimônia tiro meu estojo de primeiros socorros (mais conhecido como kit de maquiagem) e começo a desabafar todas as minhas mágoas e angústias com minha prima que está dento do banheiro.

A essas alturas todas as pessoas-estranhas-que-comem-porcarias-as-sextas-feiras-dez-e-meia-da-noite já se dividiram entre as que estão irritadas com o falatório e as que estão curiosas para saber o fim da trágica história. Indiferentes a ambos os grupos saímos lindas e poderozérrimas (!) prontas para deixar tudo de lado por algumas horas.

Pit-stop rápido no bar da esquina para um sanduíche de procedência duvidosa que demorou uma hora para ficar pronto e um Hed Bull para garantir o pique.

Nada de álcool dessa vez.

Uma noite de encontros e desencontros.

Encontro com alguém tão sozinho e tão deslocado quanto eu (ta bom, ta bom...talvez nem tanto, mas já era uma companhia e é isso que importa).

De novo discorri sobre toda a minha vida e as bagunças nela existentes (e olha que estava 90% sóbria apesar do aparente empenho de meu acompanhante em me embebedar).

Bandas ruins. Aliás, péssimas! Mas é o de menos...

Desencontro com um observador antigo que eu nem ao menos sabia que existia (essa vida tem cada surpresa...). Pena. Fica para a próxima...

Volto para casa e lembro que minha mãe só me esperava mais tarde, que eu não tenho a chave da porta da cozinha e que tranquei o quarto dos fundos (coisa que eu nunca faço).

Entro em pânico, já começo a me preparar para dormir no chão duro ou na rede e sem querer descubro a janela do quarto do meu irmão aberta. Pulo pela janela e desabo na cama. Ufa!

Fim da primeira parte.

Salto da cama às 11h (mesmo tendo ido dormir às 6h), como um farto pedaço de torta e me mando pro Ibirapuera.

Tarde agradável (a menos pra mim). Ensaio de trabalho de Psico. do Desenvolvimento. Cachorros fugindo. Orações com o tiozinho do sorvete (ou solvente para os que não prestarem atenção...rs). Picadas de inseto e todas estas coisas legais dos parques.

Boas risadas internas.

Fim da segunda parte.

Domingo à toooooaaa.....

Acordei tarde, cozinhei para um batalhão (mesmo sabendo que apenas duas pessoas almoçariam em casa) e saí.

Experimentei uma das experiências mais bizarras e emocionantemente radicais da minha vida: fazer o “N°1” de patins...Huahua...

Muito bom! Boas risadas outra vez. Um belo e quase cinematográfico tombo sobre 8 rodas...rsrs...

Pra fechar, viagens na maionese sobre como o ser humano se tornou o câncer do planeta Terra e sobre como a natureza poderia se vingar de nós um dia (pensamentos nos quais só o Lê poderia me acompanhar mesmo...).

Além, é claro, de um discurso interessantíssimo sobre a enfermeira criadora do “gráfico de pizza” e uma breve aula sobre “a estatística do ladrão” e a importância dos livros de consulta de logaritmos na época em que as calculadoras ainda não faziam contas mais complexas (êxtase intelectual bem na hora do Faustão!)...

Aleluia!

Um fim de semana glorioso enfim!

Um comentário:

Caixa de Chá disse...

hehehe fim de semana empolgante... mas é preciso ter situações assim para aliviar as tensões de um dia a dia como passageiro do metrô...


mas é assim todo dia a gente inventa uma alegria, a gente esquenta a água fria e ignora a bola fora...

hehehe mas muitas vezes o melhor para esquecer tudo é sentir o ventinho no rosto... pra mim (que não tenho muito) é a maior alegria!! sinto-me tão feliz... :)

hehehe a gente demora muito tempo para descobrir que precisa de menos do que dizem que precisamos... CÁ PRA NÓS... o mundo real é o mundo real... e é bem mais divertido...

adoro-te!!!